terça-feira, novembro 21, 2006

Erros corretos.

Existem três tipos de ser humano: O 'burro', que quanto mais tropeça mais fica cego; O 'inteligente', que age como um burro, mas no fim das contas aprende na primeira queda ou não, mas aprende, e o 'esperto', que de tanto ver os outros caírem, sabe que ali tem um buraco. Você acredita mesmo nisso? Eu não.
Acredito que os erros não se aplicam as pessoas e sim as situações vividas por elas. Imagine o que seria se uma pessoa só errasse, ou se tudo fosse muito simples como aprender com os erros dos outros? E o erro? Quem nunca errou? O que se pode chamar de erro? Julgar os outros por seus atos, isto também não é um erro? Oras...
Existem situações que me parecem labirintos sem saída, outras, que para uns são tão complicadas, eu resolvo num passe de mágica sem mesmo nunca ter passado por algo parecido antes. E ainda aquelas, que me servem de experiência, passo uma, duas ou até três, e no fim, não preciso respirar fundo demais, pois sei que tudo vai ficar bem. Tudo sempre fica bem!
Espero um dia ter vivido o suficiente para dizer que ainda erro. E que a vida, não me deu apenas experiência e compreensão, mas ensinou-me a ter paciência e sabedoria para dizer que amo e que espero. Pois hoje é meu último dia. E que ele seja como todos os outros que passei até agora. Cheio de vontade do pôr-do-Sol, e esperança por um novo nascer.

sexta-feira, novembro 03, 2006

"Sonho"

Um belo campo cheio de árvores, de flores, do verde. Crianças brincando, cachorros rolando na grama, um toque de simplicidade e eu. Andava observando tudo aquilo, contemplando a criação. À minha frente uma grande montanha, e eu a subia. Fui em direção a uma casa de construção antiga, acredito ser uma Igreja. Não entrei, apenas subi a escadaria ao lado. Por onde passava, havia cães, todos brancos, e eles me seguiam, me acompanhavam. O Sol estava o dia, os pássaros cantavam e eu subia. Ouvia a minha voz, como que conversando com outro alguém. Não vi ninguém, só a mim. Parei num lugar pra comer, fome estava. Depois, continuei. O tempo agora escuro era, sabia o caminho, seguia a trilha, mas pensei - me perdi, não pode ser aqui! Olhei pro lado, fiquei com medo, muito medo, água corria rua abaixo, um grande rio passava, descia, não era o que imaginei. O rio parecia devorar-me a alma e mastigar meus mais secretos desejos sem piedade. Continuar, só atravessando-o. De duas uma, ou corria o risco e atravessava, ou meia-volta dava e caminho mais fácil escolhia. Pensei, doeu, depois de subir tanto, estar quase lá, ter que voltar. E então me dei conta de que estava só, nem os cães nem a voz me acompanhavam, nem a coragem, era eu e o rio. Fechei os olhos forte querendo acordar daquele sonho que tornara-se pesadelo, então ouvi. Não, eu não podia abandonar o tudo agora, e meu esforço, e tudo o que passei que vivi, e aqueles que me seguiram, que me deram força? Não podia mais voltar, não queria, e a água crescia assim como o meu medo. Decidi num improviso, dei o passo pro futuro pensando nas belas coisas que conheci, nas pessoas que por minha vida passaram e nas que estão, e para minha surpresa a água desceu calma e pouca assim como meu medo - sumiu. O Sol brilhou de novo e meu espírito se fortaleceu. Atravessei. Do outro lado...
Acordei.

"Tristeza deveria estar, afinal não vi o que desejei tanto ver. Mas existe algo muito maior e muito mais forte - a beleza que está entre nós. Muitas vezes coisas simples que parecem tolas, mas não são.
As pessoas que passam, os cães que acompanham, as flores, as crianças, meu Deus tudo está ali! Tudo está aqui, sempre esteve, e no fim das contas vejo o quanto é importante poder ver..."