Chega como quem nada espera, com seu vestido longo florido, tingido de alegria e folheado...
Cabelos anelados, os pés descalços no chão gelado - “cuidado com a gripe... Até a pouco estava o frio!”... E é sempre assim, eles três e ela só! Ah, mas como é bela...! Como é bela a prima Vera!
De parentesco só o gosto pelas coisas simples, da brisa leve, das cores livres!
Vai ficar um tempo na paisagem, até o seu tio chegar. Ele é meio turrão, sabe?! Fica tão vermelho que parece vai queimar! Com todo aquele ardor não dá, ela vai pro outro lado, só pra mais tarde voltar. O mundo dá voltas e a vida tem que continuar.
E por lá fica, até de novo mudar e mudar e mudar... Vai passando de estação em estação sem uma outra encontrar. Seu tio gosta das coisas no tempo exato, mesmo que às vezes ele ultrapasse alguns graus, e ela sempre obediente segue teu rumo, faz teu papel.
Sempre vai aonde está seu amor, mas nunca chega a tempo. Quando está, ele grita tão forte e deprimido que derruba as folhas das árvores. E como ninguém responde, vai embora procurar em outro Norte. Ela queria lhe dar mais cor!
Certa vez ouviu boatos de um outro aí, fulano de tal vez. Ela que achava o amado abatido, meio sem graça ficou impressionada com o que disseram do outro. Disseram que quando ele gritava não só caiam as folhas, mas também as lágrimas. Que ele era frio e um pouco cinzento! Ela não podia imaginar criatura mais triste, e sempre aquela vontade de ajudar, de lhes dar cor... "A cor é a essência da vida" dizia exasperada. Mas ele, o fulano de tal vez, sabia ela... Era o mais distante, nem imaginava seu paradeiro, ele tão pouco o dela. Ficaria só nos dizeres, enquanto ela atrás do amado, o amado d'um chamado e o tio mantendo o tempo exato!
Cabelos anelados, os pés descalços no chão gelado - “cuidado com a gripe... Até a pouco estava o frio!”... E é sempre assim, eles três e ela só! Ah, mas como é bela...! Como é bela a prima Vera!
De parentesco só o gosto pelas coisas simples, da brisa leve, das cores livres!
Vai ficar um tempo na paisagem, até o seu tio chegar. Ele é meio turrão, sabe?! Fica tão vermelho que parece vai queimar! Com todo aquele ardor não dá, ela vai pro outro lado, só pra mais tarde voltar. O mundo dá voltas e a vida tem que continuar.
E por lá fica, até de novo mudar e mudar e mudar... Vai passando de estação em estação sem uma outra encontrar. Seu tio gosta das coisas no tempo exato, mesmo que às vezes ele ultrapasse alguns graus, e ela sempre obediente segue teu rumo, faz teu papel.
Sempre vai aonde está seu amor, mas nunca chega a tempo. Quando está, ele grita tão forte e deprimido que derruba as folhas das árvores. E como ninguém responde, vai embora procurar em outro Norte. Ela queria lhe dar mais cor!
Certa vez ouviu boatos de um outro aí, fulano de tal vez. Ela que achava o amado abatido, meio sem graça ficou impressionada com o que disseram do outro. Disseram que quando ele gritava não só caiam as folhas, mas também as lágrimas. Que ele era frio e um pouco cinzento! Ela não podia imaginar criatura mais triste, e sempre aquela vontade de ajudar, de lhes dar cor... "A cor é a essência da vida" dizia exasperada. Mas ele, o fulano de tal vez, sabia ela... Era o mais distante, nem imaginava seu paradeiro, ele tão pouco o dela. Ficaria só nos dizeres, enquanto ela atrás do amado, o amado d'um chamado e o tio mantendo o tempo exato!