sexta-feira, outubro 16, 2009

Eu, pequenininha.

Teve um dia que eu quis ser pequenininha.
Oras, mas eu sou!
Não. Eu quis ser menor ainda, de um tamanho que não sei dizer.
Tudo isso nesse dia. Eu queria ir diminuindo e diminuindo até sumir.
Mas aí, no mesmo dia, eu quis crescer. Ficar bem grande pra que pudesse caber tudo que eu sentia. Pra não deixar nenhum pedaço caído por aí.
Depois vi que o melhor foi eu ter ficado do meu tamanho, nem maior nem menor, na medida certa pra aceitar a dor sem guardar a mágoa, no ponto pra sorrir mais uma vez.
Aí chegou o outro dia, e eu não quis ser grande, porque não queria guardar nada pra mim. Eu não quis ser pequena porque queria enfrentar o meu medo sem fugir.
Chegou hoje, e apesar de eu ter (tido) todas essas vontades, sempre soube que aumentar ou diminuir não resolveria as minhas inquietações, mas, agora às vejo com outros olhos, de um ângulo lá de cima, e de um pequenininho ali embaixo.
Às vezes meus medos são tão grandes... E às vezes tão pequenos que não são mais medos, são migalhas minhas que a mamãe varre depois de toda a bagunça.

5 comentários:

Carol Mioni disse...

Não reprima o medo. Só os valentes aceitam o medo. Os tolos não o tem. Fique aí, assim, do tamanho que vc é e continue escrevendo o que não couber mais (aí vc não precisa crescer) e continue escrevendo o que vc quer guardar (aí vc não precisa diminuir) e de quebra eu continuo com a sua companhia =]

.Juliana Andrade. disse...

Ei menina Amanda, que saudade de vc!
Sempre passo por aqui.. mas a preguiça de ter que logar me faz não deixar um recadinho sequer!rs Amiga mais desnaturada eu sou! =\ Mas sempre lendo suas palavras e tirando coisas boas da minha leitura amandística!
A de hoje me levou de volta as minhas viagens ao assistir Alice do País das Maravilhas!
E vamos assim, sendo grandes e pequeninas.. como nos convém... porque a alma.. é imensa!
Saudades.
Beijos.
.ju.

disse...

Belo todo. Mas especialíssima a imagem do último trecho, onde a referência das migalhas me levou a pensar no pão, como se o medo fosse algo que nós mesmos preparamos, mastigamos, digerimos, já parte intrínseca de nós; enquanto as migalhas seriam o resquício exterior do medo que deixamos derrubar no confronto com o próprio: distração da criança, bagunça boa... Nada que o cuidado materno não venha a resolver.

APC disse...

O medo enfrenta-se. E vence-se.
Beijo

Fragmentos Betty Martins disse...

.________querida Amanda




não sei porque motivo ando à vários dias para conseguir chegar até aqui!!!


_________mas hoje finalmente consegui:)



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o medo é nosso maior amigo______e como inimigo temos que o respeitar_______para se poder vencer!






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_____________///






beijO_____ternO
b.semana