terça-feira, dezembro 08, 2009

Zefini da crueldade

Amarre a língua antes de dirigir a palavra ao príncipe, porque ele não admiti que lhe falem. A menos que lhe tenha agrado, que lhe faça mimo. Trate-o com gentileza e ele também o tratará, seja ninguém e ele não te verá, diga o que pensa e ele te ouvirá, obviamente, se acaso for algo agradável. Do contrário amarre a língua, pois o príncipe é cruel. Pisa e pisa em cima, esmaga o corpo do (in)justo que ele o julga. Culpa-o por o julgar, mas tua cara não olha o espelho. Passa o tempo e os cruéis estão na prancha, indo rumo ao tubarão. A título de injustiça já basta o mundo todo comemorar, o fim da guerra, o fim do terrorismo, o fim do racismo, o fim do preconceito, basta, ainda não chegamos lá, 2012 e o fim dos tempos! Pudera! Esperar até lá para ver o que foi visto na virada do século. Depois do calendário Maia virá o Babuíno, e o Tertisço, e o Magma, até chegar ao asteróide que atingirá a Terra em 2021, foi prevista a localização? Talvez Estados Unidos, o mundo, ou o universo, gira por ali. Mas nada de coitadismo nem apelo melo dramático, não fale de ética, segurança, serviço social, pra quê pedir? Se não falam mesmo? Hoje é assim, sofreu virou Rei, mas basta inteligência, pois até o sofrimento pode ser articulado. Para todo fim existe um recomeço, conclui-se que para o fim não existe fim, nem a morte é o limite, pois prove que após a vida não existe outra. Se mate e volte para contar, ou, cale-se, amarre a língua na boca, o príncipe é cruel, e empurra os seus com a espada na mão. Fere com uma e apela com outra. Indignados seus soldados morrem, com honra, orgulho e sem paz, mas de que adiantou? Estão mortos, e morrendo outros estão, e de que adianta? O príncipe é cruel, e a crueldade princípio do homem.

Um comentário:

Carol Mioni disse...

Caraca... to sem palavras... consegui enxergar muita gente nas suas palavras...