Era tarde, mas não tão tarde
Na verdade era manhã, duas horas
Na verdade a hora parou
Não havia tempo
O ponteiro não trabalhava
Na verdade a pilha acabou
E a menina conseguiu dormir
Por tanto cansaço, esgotou
O tempo, voltou
Tic-tac
Tic-tac
Mas o sono dela
Fugiu
Levou consigo o travesseiro
O lençol e os bons sonhos daquela noite
Era cedo, mas não tão cedo
Na verdade era manhã, duas horas
Tic-tac
Tic-tac
A menina acordou.
Cada um é pedaço d'um que foi d'outro. É ser e estar no momento agora. E o Agora... É um encontrar-se de novo.
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Mais uma noite
Até onde um sonho pode ser real? Tão real a ponto de não se dar conta se está dormindo ou acordado. E tão incomum.
Ouvi dizer que vemos aquilo que queremos, ou estamos preparados para ver.
Tocamos em algo concreto por acreditarmos ser concreto. Isso não é misticismo, espiritualismo ou qualquer outro ismo... Se trata de física! A física das possibilidades, é filosofia no mundo das ideias de Platão!
De todo modo, e sem ceticismo, há o que a ciência não pode provar. Há uma força que age sobre todas as outras, uma força na qual se acredita sem precisar provar. Cada um, em sua sã consciência, a intitula como quer, e escolhe a verdade que deseja acreditar, embora todas levem a um mesmo destino, ainda que ninguém saiba explicar, ou prove.
O que importa é que todos podem sentir.
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Um dia menina...
Um dia menina me chama na cama, da cama caio saio me levanto pro dia nascer depois de mim...
Ainda assim menina confusa cabeça e bicuda se esconde por trás das constelações mais lúcidas do meu jardim.
Que menina travessa de brinde de peito me dá um sossego saber dela enfim,
Existe menina brinca, pula, sacode pra gente não ser mais gente. Pra aprender a ser gente...
Ainda assim menina confusa cabeça e bicuda se esconde por trás das constelações mais lúcidas do meu jardim.
Que menina travessa de brinde de peito me dá um sossego saber dela enfim,
Existe menina brinca, pula, sacode pra gente não ser mais gente. Pra aprender a ser gente...
Ser
Nunca é tarde para sermos aquilo que gostaríamos de ser
Ser o que na realidade já somos
Ser, e não se importar com o verbo nem as nominações que ele pode levar
Ser objeto direto, indireto, simples, conjugado ou não
Ser apenas, e talvez unir orações
Ser porém, o ser das questões
O sujeito que é
O sujeito ativo
O sujeito simples, composto
O sujeito oculto
Descoberto no verbo
Ou não
Ser não importa o quê
Desde que livres para conjugar o verbo
Na oração que quisermos
Ser o que na realidade já somos
Ser, e não se importar com o verbo nem as nominações que ele pode levar
Ser objeto direto, indireto, simples, conjugado ou não
Ser apenas, e talvez unir orações
Ser porém, o ser das questões
O sujeito que é
O sujeito ativo
O sujeito simples, composto
O sujeito oculto
Descoberto no verbo
Ou não
Ser não importa o quê
Desde que livres para conjugar o verbo
Na oração que quisermos
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
A estrela do Norte
Pela rua asfaltada ele vai caminhando
Cabisbaixo olhando pro chão
Feito pedregulho todo despedaçado
Ora outra faz espio longo em uma direção
Foi lhe dito que não duraria
Que a estrela brilha forte no Norte
Mas habita na gruta de pedraria
Foi lhe dito que tudo tem sua hora na morte
Que tudo acaba com o tempo, e o tempo
Até a dor dissolve
Até a dor escolhe
Foi lhe dito tanto, que o tanto ficou grande
A ponto dele esquecer os astros
Olhar pro céu e ver só rastros
Da fé que ele teve um dia
Cabisbaixo olhando pro chão
Feito pedregulho todo despedaçado
Ora outra faz espio longo em uma direção
Foi lhe dito que não duraria
Que a estrela brilha forte no Norte
Mas habita na gruta de pedraria
Foi lhe dito que tudo tem sua hora na morte
Que tudo acaba com o tempo, e o tempo
Até a dor dissolve
Até a dor escolhe
Foi lhe dito tanto, que o tanto ficou grande
A ponto dele esquecer os astros
Olhar pro céu e ver só rastros
Da fé que ele teve um dia
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Somos mutáveis
As ideias nos mudam constantemente, de acordo com o momento, com as circunstâncias, com as convivências, com as experiências... De acordo com as próprias mudanças.
O que não pode ser mudado é a ideia de que estamos sempre mudando.
Marina Marina
Marina nasceu muda
Mas muda de não saber falar
Não muda de não poder falar
Marina nasceu cega
Mas cega de não saber ver
Não cega de não poder ver
Marina nasceu surda
Mas surda de não saber ouvir
Não surda de não poder ouvir
Marina perguntou pra mim
Qual o problema dela ser assim
Problema nenhum pequena Marina
Problema não tem, quem vai te julgar?
Problema é o mundo que vira, Marina
Problema é de quem procurar.
Mas muda de não saber falar
Não muda de não poder falar
Marina nasceu cega
Mas cega de não saber ver
Não cega de não poder ver
Marina nasceu surda
Mas surda de não saber ouvir
Não surda de não poder ouvir
Marina perguntou pra mim
Qual o problema dela ser assim
Problema nenhum pequena Marina
Problema não tem, quem vai te julgar?
Problema é o mundo que vira, Marina
Problema é de quem procurar.
Curtinhas (papo manjado)
Os brothers:
- E aê?
- E aê?!
- Suave na nave?
- Sereno no remo.
- Só.
- Que manda?
- Na paz.
- Só.
- E as novas?
- Nada demais.
- Maneiro.
- Só.
- Só fica nisso?
- Só.
Os manos:
- E ae rapá que que tá pegando?
- Puta meu, tá osso.
- Fala ae, pode confiá, cê sabe que é meu mano.
- Sei lá cara, se eu falá pode sê que fique pequeno pro meu lado.
- Ó maluco, sê você num falá, vai fica mais pequeno ainda.
- Caramba cara, cê acabou de falá que eu podia confiá, que era meu mano.
- Peraí rapá, não vem com historinha pra cima de mim não, cê tá ligado que o barato é loco, e a minha paciência é curta.
- Ta bom, ta bom.
- Então, que que tá pegando?
- Porra cara, sei lá. To com medo de ir pro inferno?
- Que papo é esse meu irmão?
- Cê tá ligado né cara, a gente não samo bom, a gente vamo pro inferno véio.
- Cala essa boca rapá, a gente sua... ó... Se alguém tivé que ir é você, eu tô na limpa com o Cristo, bato lá na porta dele quando chegar minha hora e se o Tio Pedro não me aceitá rapá... Bala nele, um abraço.
- Cê ainda faz piadinha com o lance...
- JC é brother rapá, relaxa que no inferno nóis já tamo.
Um tal Moisés e um tal Noé:
- Moisés, você sabe que o mundo vai acabar em água não é?
- Pelo andar da carruagem... Acredito que sim, mas o que tem isso Noé?
- Bem, eu estava aqui pensando com meus cabelos brancos... Por que não montamos uma sociedade?
- Sociedade?
- Sim! Por que não abrimos um negócio?! "Salvem-se! Quem puder!"
- Tá de brincadeira.
- A galera que acredita que o mundo acaba em 2012 está investindo nisso, existem até grupos construindo acampamentos próximo aos picos mais altos do mundo.
- Sim, ouvi dizer, os Estados Unidos estão até vendendo kits sobrevivência.
- Então meu chapa, essa é a hora. Somos conhecidos, você abre o mar e eu encho a arca!
- Fechado!
- ....
- Más... Noé...
- Sim?!
- O que vamos fazer com o dinheiro depois que o mundo acabar?!
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