sexta-feira, setembro 08, 2006

Evidente

Existem. Como anjos perfumados de aroma terno, simpático. Fazem parte de um parecer eterno, que sente, vive. Possuem asas com grandes plumas de um branco que desaparece e não se vê. Andam por aí, fingindo ser gente, pensando, agindo, mentindo. Tentam se parecer umas com as outras, sem entender e nem buscar compreensão. Algumas poucas, perguntam-se, e transbordam de queixas e dúvidas. Talvez as folhas secas, aquelas levadas pelo vento, as entenda melhor. Quem sabe se eu não procurasse, soubesse?! Difícil é procurar sem saber o porquê!
Já tentei várias vezes, foram horas e noites, vidas esquecidas, tardes perdidas, e apenas um espelho. Não fujo, só tento! Olhei bem no fundo, lá dentro do infinito, e... Não vi. A decepção não mais me abala, o corpo se acostuma, se adapta. Mas, ainda assim, mente... Me pergunto ao tempo. Mesmo não vendo as plumas, não sentindo perfume, nem fingindo ser, sei que ela lá está, e lá vai permanecer até um dia ir embora pra de novo voltar. Quando? Não sei..
Minhas janelas não se fecharam.

2 comentários:

Amanda Pereira disse...

"...os olhos são as janelas da alma, e os olhares... Ah os olhares, estes invadem!"

Amanda Pereira disse...

Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer...