terça-feira, março 25, 2008

Idades, Idéias, Ideais...

Tudo na vida tem um "porquê", sabemos que sim, mas não sabemos o quê. Destino? Casualidade? Bobagens? Tudo pode ser e não ser, estar e sumir, tudo é mutável e se desfaz. Tudo é tão relativo e tão... Não sei. Constantemente nossa mente se enche de dúvidas, faz perguntas absurdas, mas tudo não é possível? O que não pode ser? Para 'ser', o primeiro passo é querer, o segundo é tentar, o terceiro... Bom, acho que cada um escreve os seus passos e deixa suas migalhas de pão da maneira que lhe é melhor. As migalhas são roubadas pelos pássaros, senhores do tempo, e não há volta. A gente anda em circulo, vai e volta, fica e foge, a gente tem medo, se esconde do escuro, abaixa na queda, a gente faz tudo pra gente e nos esquecemos da gente. Somos todos adultos aprendendo o ABC - Avistar, Buscar, Consolidar. Somos todos crianças vendo além do que é possível ver. E não sabemos por quê. Destino? Casualidade? Bobagens... A idade, as idéias, os ideais, são da gente, nos pertencem, e são só massinhas de modelar, as minhas são bem coloridas.

quinta-feira, março 13, 2008

Mulher

Mulher, pedaço de carne desejo pungente, par de pernas de seios e olhos. Mulher, da boca tua sai veneno, feitiço entregue aos homens pequenos, aos grandes homens, não te entregas, a esses já pertence. Mulher, crua certeza de puta pureza, sente na pele o gosto do gozo, deita-te na cama, soluça tua glória, teus pares de pernas de seios e olhos... Teus olhos, mulher, teus olhos janelas da alma...
Encanta teu jogo suspiro ardente, fascina semente que brotas da alma, teu descanso anda rente a tua essência cuja efêmera trilha compõe-te o verso. Mulher, caminha tua vida de mãos com o vento, teu ventre tua sina, teu corpo, tua grandeza, tua alma me chove, templo de fonte de sede. Bebo-te em mim... Bebo-te os risos, as lágrimas a pureza, roubo teu grito, abro tuas pernas muro passadiço, sou tudo e tanto em ti. Sopra-me do infinito, joga-me de tudo a todos, somos nós... Mulher.

terça-feira, março 04, 2008

Eu

Penso nas coisas simples, no porquê da vida ser assim, nas pessoas que amo, e tenho medo de perdê-las, e medo de não ter medo... Penso que pensando assim é mais difícil, fica tudo de uma cor só, e não vejo outros meios. Mas as possibilidades são infinitas, tal como o infinito da vida, então prefiro parar de pensar, prefiro correr de braços abertos e jogar-me do alto para não sei onde... O que virá amanhã não me importa, mas corro de braços abertos e me jogo nos braços do nada... Se algo mudará não importa... Eu corro e cada vez mais rápido, mais leve, mais não Eu... E canso... E respiro... Eu prefiro nunca parar de correr, porque assim sou livre, vôo junto aos pássaros, repouso nas costas das nuvens, fujo de toda pouca verdade que existe no mundo, da impureza e hostilidade, fico e fujo de mim mesma... Eu amo, eu sonho, eu sinto, eu ouço, eu beijo, eu brigo, eu bato, eu me desculpo, eu caio, eu choro, eu me levanto, eu não desisto, eu vivo.