segunda-feira, agosto 28, 2006

Rosas


Sentir branco de um tranqüilo esquivo copiado de amarelo. Forte, intenso, colorindo todas luzes veladas da primavera... Perceber, aquela que pára e faz não, atinge sem querer ver, bate não tendo mão... Faz indeciso, chateia, vai embora, chora o arrepio de um novo. E pergunta-se. Que novo? Nunca será diferente. Talvez nunca seja muito. Morte é o que há... Raízes cravadas, finde num mundo de sem nem mais. Se nada é tudo, então tudo não deveria passar de muita coisa. São tantas as coisas simples, que de tantas se tornam complexas. O tudo é muito claro... São elas, as rosas que não sabem. Escondem-se por trás das grandes árvores dos jardins, maquinam sua beleza, e quando são encontradas, logo suspiram a grandeza de uma aparição. Suas pétalas inflamam d'um ego profundo, e exuberando aroma, cintilam de cor sem nem mais medo... Seria diferente se a beleza não se fizesse da dor... Se elas não sangrassem nas mãos dos homens, quem tanto as admirou...
Não teriam valor. Seria barato, fraco, ausente...

3 comentários:

Amanda Pereira disse...

Remanescentes, inclinadas à espera... Venha primavera!

Anônimo disse...

...

O inverno é passageiro, eu que o diga
E sempre e tanto nos dilacera
Mas não estás só, árvore amiga

Atrás da noite o sol nos espera
Cá estou pra lhe dizer prossiga
Após o inverno há primavera!

Anônimo disse...

Das rosas, seria, realmente, muito nada-de-mais, se não sangrasse nas mãos que, em vão, buscam retê-las.
Mostrar o sangue é saber-se vivo.
Mandinha, mandinha... Se prantos der seu amor/Dor um amor não há sem...