Conto de encontro.

Há quem diga que a vida é cheia de mistérios, complicações, razões.. Tantas que nos confundem a ponto de não querermos mais nos preocupar em saber quem somos ou de onde viemos...
Pois eu tenho minhas muitas dúvidas, assim como todos, minhas próprias limitações, frustrações, sonhos e vontades.. a cerca do que eu próprio construí, do que eu construo.

Um dia desses, enquanto eu observava as pessoas afogadas em suas vestimentas, homens enforcados em suas gravatas, mulheres desfilando a dor dos saltos, pude olhar pra mim mesmo e repetir o que sempre tenho o costume de fazer.. Cuspir no chão e orar por suas pobres almas.

Deus é um ser intrigante, se a vida nos poupa o sofrimento de certas dúvidas, Ele nos poupa a morte para que possamos sofrer com mais delas.

Não me julgo ateu, budista, hinduísta, católico, agnóstico, espírita, não me julgo e isso basta. Em um mundo com tantos conflitos étnicos e religiosos mantenho-me marginal.

Cada minuto no passado, é vivido de forma totalmente diferente por cada um, cada dúvida multiplica-se indubitavelmente quando alguém faz qualquer pergunta. Alienar-se e dedicar-se a tentar resolver problemas alheios, questões indiscutíveis, promessas vãs para a humanidade de gente pouco curiosa, faltar-se a si próprio é o mesmo que nunca questionar-se..

Há quem goste de dizer Eu Te Amo, a quem prefira ficar só por medo de amar, sim, porque amar é sofrer, sofrer a ausênia, a desconfiança, a perda antecipada. E os que se apaixonam, dizem preferir a paixão por ser intensa porém passageira, não se prender a alguém pelo simples medo de amar ou sentir-se preso. Há quem não conheça o amor. Talvez eu não o conheça.

Quem é mesmo você....?

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