Tenho vontade de gritar.
Tenho vontade de sair de mim.
Mas de poder voltar.
Quero primeiro querer sem imaginar se o que eu quero é possível
E não primeiro imaginar para depois não querer mais
Algo aqui dentro pulsa.
Hoje mesmo quis fazer tantas coisas
Quis ser dona do meu trabalho
Quis ser dona do meu destino
Quis que ficasse noite com muitas estrelas
Quis que todos pudessem querer coisas boas
Coisas que se realizassem
Quis mudar o mundo!
Mas sempre descubro que é ilusão
Não me conformo! Não me conformo!
Também não sei como começar
Quero ajudar
Quero tentar
Não tenho medo de cair e me machucar
Tenho medo de não conseguir ajudar
É lamentável
Não querer mais lamentar
E não saber como é o primeiro passo
Afinal como é?
Como se faz para andar?
Afinal como é?
Como se faz para ensinar?
Afinal como é?
Faz uma semana, que todos os dias pela manhã, eu vejo o homem sentado na mala, sem rumo, sem identidade, sem expressão alguma. Todos os dias, e sem mudanças. Mas hoje, ele era um homem diferente, um homem sentado na mala, sem rumo, sem expressão alguma que segurava um guarda-chuva. Um guarda-chuva quebrado e rasgado.
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